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quarta-feira, 7 de março de 2012

GRAMÁTICA PARA AS MULHERES



Dia Internacional da Mulher e a Presidenta Dilma na  alvorada do Palácio!

O dia 8 de março traz consigo um aglomerado de histórias de lutas femininas que, em alguns ambientes se transformaram em pétalas de rosa, cartões, presentes e em vasos de flores sobre as mesas. As Lilites de Atlantic City que supostamente, teriam tirado e queimado seus sutiãs em praça pública, já não são mais lembradas. Também foram esquecidas as 129 operárias que morreram queimadas numa fábrica de tecidos, em de março de 1857 na cidade de Nova Iorque, sufocadas pela ação da polícia para conter uma manifestação em que reivindicavam uma menor jornada de trabalho.
O Dia Internacional da Mulher possui um especial significado para nós, brasileiros e brasileiras. Desde o dia 01 de janeiro, temos uma Presidenta exercendo o cargo de presidente de nosso país. A data também é oportuna para falar da gramática e da história do mundo, que é a história dos homens, principalmente dos homens da elite. Aproveito para mexer com os gramáticos de plantão ao dizer que a fala de um povo é mais importante que os códigos de sua língua.
Circulam e-mails pela rede, atravessando o país do Oiapoque ao Chuí ,criticando a postura da Presidenta Dilma de se intitular Presidenta.  A Presidenta Dilma é a mais nova hóspeda do Palácio da Alvorada, a nova gerenta dos caminhos político-administrativos do Planalto Central.
Não aceitar o substantivo “Presidenta” é mostrar desconhecimento do uso padrão de nossa língua (No Dicionário Aurélio:Presidenta – S.f. 1. Mulher que preside) com suas regras sutis, e é uma demonstração de que ainda permanece o patriarcado lingüístico e o preconceito  na estrutura da nossa língua. O coronelismo e o machismo colonialista sempre descartaram a possibilidade de a mulher vir a exercer as posições de poder e de destaque social, que hoje  exercem.
Uma Presidenta? Absurdo! Uma gerenta? Que é isso? Hóspeda? Impossível! Essas palavras parecem absurdas a muitos ouvidos e olhares, mas o não aceitar é o retrato do preconceito provinciano ainda impregnado em nossa sociedade.
Mas nós que observamos em nossas ruas e escritórios os vestidos, batons, a competência, as pulseiras, os saltos e curvas tecendo poesias pelas calçadas e no pensamento, sabemos que “nossa terra tem primores” e há muito já nos rendemos à nova alvorada feminina nos trabalhos compartilhados e nos postos de comando.
Parabéns às mulheres presidentas, gerentas e hóspedas dos escritórios, corações, palácios, noites e alvoradas dos nossos dias.


José Maria Honorato

3 comentários:

  1. Respostas
    1. Olá Gleice!!! Vi agora teu "ótimo" aqui.
      A correria dos dias toma conta da gente.
      Hum beijo pelo dia de hoje e pela beleza que deposita nos dias nossos.
      Beijo

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