Enforquei nossas vozes
condenei nossos beijos
Decapitei a emoção
e a ostentei no peito
mostrei minha cara !
Entre a indiferença e a ironia,
o odor fétido
de minhas entranhas
queimou-me.
Inchei minha língua,
construí ferrões,
provei de meu lodo.
Entre a falsidade e a morte,
criei o jamais.
No esgoto blasfemei
teu nome,
turvei minhas raízes,
uivei !
Vomitei ira e desprezo
e desvelei o que sou.
Salvei-te de mim!
Ladrei no vazio,
não rompi o nada,
fui comum.
Na terceira eternidade,
destilada a chuva nova,
meu corpo exalará
perfume.
Esse não conhecia, José. Bom ver novidades suas.
ResponderExcluirGrande abraço!