Aqui em minha morada
com o tempo circulando em minhas mãos
aceito o desafio da noite
Atiro todos os nomes sobre a mesa
Sinto o tremor de minha alma assustar meu corpo
Não encosto a solidão na garrafa
O medo de saber onde você mora traz cólicas e calafrios
Em meu bolso não há um conselho sequer
O silêncio se agarra aos braços de meu coração
Não há uma fotografia
O pensamento não consegue pousar em galho algum da memória
Sem nomes sem fotos
com Ela
assisto meu ritual sistólico
desfiando dias com uma cápsula entre os dedos
Zema
08/2005
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