De olho no movimento dos
dedos
os violões vão dando corda.
Gritos do bandolim, em Mi
bemol,
acordam holofotes apagados
e
despertam o silêncio sombrio
do teatro.
Dedos trapezistas saltam as
cordas;
provocam o som sobre o
abismo musical
mas as melodias ainda não
se entendem
As
canções brincam na voz da moça
menina que
sorri nos passos inquietos
As
cortinas aguardam extáticas
o
momento em que a sexta e a nona
saltarão
das partituras da estante musical
A
coxia, nos braços do silêncio,
sonha
o momento em que
a
Sol Maior acordará os holofotes
e
arrancará emoções das poltronas.
Passos femininos, ansiosos,
bailam no tablado do palco
entre cabos e microfones
Notas meninas de mulher desatam as
cordas,
ecoam canções e desenham
os Cantos na noite
que acalentam a agonia dos
corações
à beira da estreia.
Zema/18/09/13
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