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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Nossa Senhora Aparecida!






Óh, Maria terna e boa, lá do Céu nos abençoa!
A cantiga ecoa em minhas mãos e coloca as correrias da infância a brincar em meus olhos, e enquanto o pensamento se perde entre os  ponteiros do hoje e do amanhã, ontem fica brincando com o coração, medindo forças e  inventando novas batidas. 
O menino sozinho compra goiaba, ameixa e caqui no mercado,  e a cama vazia sob o cobertor, não grita mais “bença Mãe, bença Pai, bença Dia!”
O espelho diz mansamente que não sou mais “uma figura impoluta”.
Continuo "ordinário de uma figa".
Os sonhos passaram por tantas estradas, banharam-se em tantos ribeirões, deram tantas voltas. 
Meu coração disse tantos sins, saltou tantos pontilhões, teceu tantas chegadas e partidas que o gosto de carbureto ficou preso em alguma estação.
O Trem ainda acelera e engasga entre a Garganta e o Córrego do Ouro, e a saudade fica tricotando sorrisos no portão da Joaquim Nunes.
A “Volta do Ó” sempre volta quando meus olhos colocam nos trilhos um amontoado de sabores, e o pensamento se embriaga com o leilão de emoções no coreto de Nossa Senhora Aparecida!


Baía
1958

Um comentário:

  1. Muitas vezes o hoje vai se misturar ao ontem. O menino Bahia se mistura ao homem, ao pai, ao irmão e assim vai se desenhando cada fase.....mas o traço é o mesmo!!!Ah e serás sempre uma figura impoluta!!
    Bjo

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