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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Gladiadores do morro


*Este texto nasceu há uns 6 ou 8 anos, portano é jovem e parece que se faz eterno, na medida temporal de nossos olhos, quando desfilam pelas ruas e avenidas. Diriam alguns que linguisticamente o jovem texto se apresenta como um parnasiano, mas é um romântico, um condoreiro.



No cabeço dos morros da cidade,
uivando sob o tapete de amianto,
nossos irmãos do barro
em libações rubras nos becos, 
escaravelham novos retratos da vida.
Adolescem em potes lustrais nas ruas e
ciliam poesias em versos brancos e negros quebrando esquinas mudas!

Bichos soltos nos guetos ricos de melanina,  
nossos meninos são coisas.

São pipas nos becos da extrema-unção de ferro em precoce fundição!

Malham no caos que decapta  pirilampos
expostos ao cânhamo precipício.
No escolho dos rastos da alcatéia,
festejam rajadas de pó fiando sonhos nas valas.
Faiando tortos nas linhas mortas
revelam berros nas  páginas da noite!  

Vão embalados em diálogos mortos na arena com a multidão!

Subindo escadas do barqueiro,
os jovens veteranos do sofrimento
rompem grilhões. 
Fogem da estela fria
saltando às asas da rabiola viva.  

Voleando o tempo,
Lucílios, desprezam espórtulas.
Grafando berros de endorfina, arriscando o dia,
lançam  a cor na história!

Corre a bola! Sobre o luar de prata, Deus sabe das coisas tortas!


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